Do Alentejo vou falar,
Com bastante nostalgia.
O tanto que lá sofria,
Gosto até de recordar.
No campo fui trabalhar,
Bastante cedo e todo o dia.
Naqueles dias de verão,
Do nascer ao por do sol,
Dobrado como um anzol,
Com uma foice na mão.
São tempos que já lá vão,
Mas, não é luz; é um farol.
De inverno, azeitona e monda,
Trabalhos de congelar.
Molhados, mas sempre a cantar,
Para passar aquela onda.
Não mexer naquela sonda,
Que dá vontade de chorar.
Deixamos as coisas tristes,
Falamos em alegria.
No cantar da cotovia,
Nas flores que por lá viste,
Nos rouxinóis que tu ouviste,
A sua linda melodia.
Mário Pão-Mole
Do nascer ao por do sol,
Dobrado como um anzol,
Com uma foice na mão.
São tempos que já lá vão,
Mas, não é luz; é um farol.
De inverno, azeitona e monda,
Trabalhos de congelar.
Molhados, mas sempre a cantar,
Para passar aquela onda.
Não mexer naquela sonda,
Que dá vontade de chorar.
Deixamos as coisas tristes,
Falamos em alegria.
No cantar da cotovia,
Nas flores que por lá viste,
Nos rouxinóis que tu ouviste,
A sua linda melodia.
Mário Pão-Mole
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