Saiste do carro
Tens à tua frente o azul do mar
O vazio
Debruçaste no parapeito
Com a luz do Sol a bater-te no vestido
Vejo por ele o contorno bem delineado do teu corpo
Saio do carro
O lenço na tua cabeça esvoaçoa
Como ave livre a navegar pelo céu
Fechas os olhos e sentes o calor no teu rosto
Aproximo-me e por trás
Encosto o meu corpo ao teu
Nada dizemos
Não precisamos de dizer nada
Os namorados têm esta telepatia
Ficamos a apreciar a natureza
O falar das gaivotas
O incessante discurso do mar
Os salpicos das ondas que de vez em quando nos vêm beijar
Ricardo Franco
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