Presto distraída atenção ao meu corpo.
O que me pede, eu faço.
Às vezes, não entendo logo as suas ordens,
mas cedo sempre.
Chego-me a ele e indago:
-O que queres? Ah, é isso?
Então, concedo.
Sempre que eu resisti
um de nós saiu-se mal.
Nas 24 horas do dia, ele pede,
e quando cala, fala
num discurso de sonhos
que me abala.
Ele sabe. Eu sei que ele sabe,e sabe antes de mim,
e nele eu sei dobrado,
sou um-e-dois como os dois cortes de um sabre.
Affonso Romano de Sant'Anna
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